Responsável pelo atendimento pré-hospitalar de vítimas em situações de urgência e emergência, o profissional é fundamental nas unidades de atendimento móvel.
A violência urbana e os acidentes de trânsitos fazem parte de uma realidade cada vez mais presente em todas as cidades, principalmente, nas grandes metrópoles. E quando uma situação envolvendo risco de vida acontece, os primeiros socorros ficam por conta da equipe de resgate, mais especificamente, do socorrista resgatista.
O socorrista resgatista é a primeira pessoa a auxiliar às vítimas em estado de urgência e emergência, prestando o atendimento pré-hospitalar e acompanhando-as no transporte até o hospital ou centro de saúde, com o objetivo de estabilizar o quadro até que ele possa estar devidamente amparado por todos os recursos médicos necessários.
Como o atendimento emergencial desempenha um papel fundamental na preservação de vidas, a atividade foi regulamentada em 2002 pela Portaria 2048, do Ministério da Saúde, que estabelece as normas técnicas ligadas à prática nos Estados brasileiros, além de delimitar a grade curricular dos cursos da área.
Dessa forma, para se tornar um socorrista resgatista é necessário estar devidamente treinado e capacitado para a função através de um curso de especialização que atenda a todas as exigências previstas em lei.
Destinado para qualquer pessoa, acima dos 18 anos de idade, de nível médio, técnico ou superior, o curso oferece formação prática e teórica, sendo que, para obter a certificação, o aluno precisa apresentar desempenho satisfatório em ambos os aspectos.
No final do curso e após a aprovação, os profissionais passam a ser habilitados a darem suporte de urgência e emergência em situações como acidentes de trânsito, mal súbito, inundações, incêndios, etc.
O mercado de trabalho para o profissional de socorro e resgate é bastante amplo, indo desde setores da saúde pública e privada, até a prestação de serviços, como hospitais, centros de saúde, SAMU, ambulâncias e afins. A média salarial, assim como as horas trabalhadas, varia de acordo com a formação profissional. No caso de médicos, a carga horária pode ser de 12h a 24h, já para nível médio, enfermeiros e técnicos, pode chegar até 36h.
Para desempenhar a função com eficiência, antes de tudo é preciso ter vocação, consciência da carga de responsabilidade que a profissão exige e perfil emocional adequado para ser capaz de tomar decisões equilibradas, mesmo sob pressão. Dessa forma, de maneira geral, torna-se essencial ser dotado de autoconfiança, empatia, paciência, calma e equilíbrio. Lembrando que o curso de socorrista e resgatista habilita o profissional apenas a prestar os primeiros cuidados à vítima. Procedimentos invasivos e tratamentos medicamentosos só podem ser realizados por médicos ou sob sua orientação, em qualquer circunstância.